UM BRASIL CADA VEZ MAIS DISTANTE DA ORDEM E DO PROGRESSO

A falta de ordem se traduz na crescente onda das comprovações das denúncias de corrupção que assolam o país.

Já no quesito do progresso o país se distancia cada vez mais dos países com crescente índices de inovação e de eficiência. Foi divulgado no mês passado em Genebra pelo IMD (International Institute for Management Development) o ranking mundial de competividade e mais uma vez o Brasil perde posições, hoje ocupa apenas 56ª posição. Em 2010, a posição Brasileira era a 38ª. De 61 países avaliados estamos a frente apenas da Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. É a pior situação do Brasil em toda a história do ranking, próxima dos níveis dos anos 50.

Os E.U.A continuam liderando, seguidos por Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canada em função das políticas industriais, estabilidade econômica, investimentos em infraestruturas, educação e em inovação, muito comum nestes países e muito pouco praticados no nosso país.

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Este quadro demonstra que além de não evoluirmos, estamos retrocedendo. Para se ter uma ideia deste distanciamento, o indicador demonstra que são necessários 4 brasileiros para atingir a produtividade de um único americano!

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A metodologia baseia-se nos critérios de desempenho nos setores da economia, eficiência do governo, na eficiência empresarial, na infraestrutura do país e na capacidade de geração de valor de forma sustentada no longo prazo.

Portanto, a solução passa por reformas estruturais nas políticas públicas, trabalhistas e tributárias, na modernização e desburocratização da administração pública e fundamentalmente no restabelecimento da ordem pública.

Não são soluções simples e dependem basicamente da vontade política para criar uma agenda positiva de ações que criem um ambiente regulatório com processos controláveis sim, mas mais racionais e muito mais ágeis.

Nós da sociedade temos papel fundamental neste processo de evolução da ordem e do progresso, temos que continuamente clamar pelos desrespeitos com o dinheiro público e exigir o direcionamento destes recursos em investimentos em infraestruturas e em educação.

Já os empresários e executivos brasileiros, sejam do setor público ou privado devem buscar a eficiência operacional de suas organizações com uma gestão de qualidade dos seus recursos humanos e materiais que evitem o desperdício e privilegie a inovação dos produtos e dos processos, buscando sempre a melhoria continua e sustentável, onde a sustentabilidade se baseia no equilíbrio entre crescimento econômico, equidade social e proteção ambiental.

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O Brasil tem pressa de crescer mais rápido e melhor e a superação dessas barreiras poderá criar uma nova fonte de dinamismo e estabelecer as condições de geração de valor e um ciclo de crescimento sustentável.

 Luiz Felipe Cabral Cherem

Diretor da C2 Projetos e Soluções