A Importância da Logística no Cenário Global Pós Pandemia

Por muito tempo a Logística, seja a de movimentação de materiais nas operações internas das empresas (Intralogística) ou seja na distribuição dos produtos aos seus pontos de consumo (Logística Externa), foi considerada como sendo um custo ou um mal necessário que não agrega valor ao negócio. Isso continua sendo verdade para aquelas empresas que não se atentaram para as modernizações tecnológicas, para a gestão integrada e eficientes das suas operações e principalmente para as relações comerciais globais. A esta gestão integrada e eficiente da logística, se dá o nome Supply Chain ou Cadeia Integrada de Suprimentos que são todos os processos e os diversos caminhos por quais passam os produtos, desde a retirada da matéria-prima até a entrega ao consumidor final.

Atualmente no mundo onde não há mais muitas fronteiras e barreiras comerciais, diz-se que a competitividade está em que melhor gerencia a sua Cadeia Logística. Assim sendo, a Logística deixou a muito tempo de ser uma operação de custo para se tornar o diferencial competitivo das empresas que buscam um crescimento sustentável. Basta olharmos o cenário mundial pandemia e pós pandemia para percebermos a importância da Logística. Durante a pandemia o consumo não se estagnou através do comércio eletrônico (e-commerce) e no pós-pandemia houve a retomada do consumo que se deu de forma muito mais acelerada do que a produção, pois encontraram as empresas desabastecidas pelas políticas de mínimo estoque ou just-in-time. Foi a receita ideal para que se instalasse o caos nas cadeias integradas de logística, gerando desabastecimentos, aumento de preços e consequentemente a inflação.

Chegou o momento em que o mundo todo começa a repensar os seus arranjos produtivos, logísticos e comerciais. Perguntas de todos os tipos surgem neste momento, tais como:

• Devo voltar a internalizar a minha produção e ficar menos dependente de terceiros?
• Devo voltar a aumentar os meus estoques e ficar menos vulnerável aos desabastecimentos?
• Devo desenvolver novos parceiros de negócio mais próximos da minha operação criando “clusters”?
• Devo informatizar e automatizar as minhas operações logísticas internas?
• Qual o grau de automatização devo empreender em meus centros de distribuição para tornar mais ágil e seguro as entregas das minhas mercadorias?
• Onde devo localizar o(s) meu(s) centro(s) de distribuição, próximo da operação ou mais próximo possível do consumo?
• Quais os modais logístico eu devo utilizar ou priorizar?
• Como faço para ficar menos dependente da mão de obra ou de possíveis greves de caminhoneiros?
• Devo pensar em ter frota própria?

E as perguntas e dúvidas não param por aí…

Para cada uma delas existem várias respostas e soluções e não são fáceis de serem respondidas. Requerem um olhar estratégico do negócio e das particularidades de cada operação.

O que é importante estabelecer desde já é um Plano Diretor Logístico a partir do diagnóstico das ligações entre a empresa e seu ambiente competitivo e da adequação da sua cadeia de valor para fazer frente aos desafios e oportunidades percebidos nesse contexto.

Este repensar pós-pandemia passa necessariamente pelo estudo aprofundado das lições deixadas no mundo da logística e as tendências apontam para a criação de novas oportunidades e de novos processos a serem desenvolvidos e implementados no Supply Chain das organizações.

É impossível prever com precisão o que poderá suceder, mas apontamos, segundo o nosso ponto de vista as seguintes tendências:

1. OMNICHANNEL

Omni” é uma palavra em latim que significa “tudo” e “channel” é do inglês que pode ser traduzida para português como canal. Em resumo, o significado mais próximo seria algo entendido como “todos os canais”.

O consumidor atual usa diversos meios para se relacionar com uma empresa, seja pela sua loja física, aplicativo, redes sociais ou site. O que ele mais deseja é agilidade para receber os produtos e serviços adquiridos, além de um atendimento de qualidade. Para isso acontecer, é preciso garantir que a gestão das lojas físicas e virtuais aconteça em conjunto. A cadeia de suprimentos deve ser centralizada e integrada para garantir agilidade na distribuição das mercadorias. A gestão de entregas deve ser eficiente, para que não haja atrasos no recebimento dos produtos na casa do cliente ou no ponto de retirada.

2. NEARSHORING

Um novo repensar de todo o arranjo produtivo é pauta obrigatória neste processo, se antes o mais importante era obter um insumo pelo custo mais baixo, agora, por questão de segurança, as empresas precisam olhar para produções e/ou distribuições em regiões mais próximas, em geral mais ágeis e menos custosas.

A tendência aponta para a permanência de altos custos logísticos nas operações off-shore, sejam pelos impactos ambientais dos cargueiros, seja pela capacidade operacional dos portos para preparar as cargas de navios cada vez maiores ou pelas restrições políticas impostas por países protecionistas ou não democráticos.

3. JUST-IN-TIME x JUST-IN-CASE

As empresas precisam rever diante do novo cenário as suas políticas de estoque. Caso não seja possível redefinir no curto e médio prazo um novo conceito de Supply ela poderá exigir aumentos na capacidade produtiva ou estoque de segurança, ou, ainda, implicar uma mudança nos modelos operacionais de “just-in-time” para “just-in-case”.

4. Logística 4.0

A logística 4.0 é a que utiliza a tecnologia nos processos de armazenamento, monitoramento, segurança, transporte, entre outros, para agilizá-los e torná-los mais eficientes, seja no seu funcionamento, seja em relação aos custos.

A tecnologia já se faz presente na logística há um bom tempo, mas agora ela, de fato, se tornou indispensável dentro das operações. Para os próximos tempos já está clara a necessidade plena da adoção de automação em todos os processos. A partir dessa automação questões como estoques e fluxos certamente serão mais bem controlados pela logística.

Outro desafio é a automação dos armazéns, o armazém inteligente agiliza os processos, aumentar aumenta a eficiência, reduz o erro humano, melhora o aproveitamento de área e cubagem do armazém, diminui as divergências, aumenta a acuracidade no estoque e diminui acidentes.

Nós da C2 Projetos e Soluções nos tornamos aptos em auxiliar as empresas a otimizarem os processos logísticos e a definirem a melhor estratégia para a cadeia integrada logística.

A C2 Projetos e Soluções elabora o Plano Diretor Logístico caracterizando a empresa através de 4 (quatro) fatores:

• O aspecto estratégico: por um diagnóstico define os objetivos da empresa e identifica os fluxos de materiais e dos produtos, bem como as políticas e as relações com os fornecedores, clientes e consumidores
• O aspecto estrutural: define o melhor posicionamento estratégico dos centros produtivos e de distribuição, o grau de informatização e automação dos processos logísticos, os tipos de equipamentos de armazenagem e de transporte e estabelece o custo ótimo da operação.
• O aspecto funcional: define e padroniza os procedimentos operacionais e define o conjunto de indicadores chaves de desempenho, como tempo de entrega, precisão da entrega, acuracidade dos estoques custos operacionais, volumes de processamento…
• O aspecto de implementação: o êxito de uma estratégia de Supply Chain não está somente na sua elaboração mas também na sua implementação e pode ser avaliado pela forma como ela é executada dentro da organização. Encaramos esse processo como um projeto e o gerenciamos através de uma metodologia própria baseada no PMBOK®, estabelecendo com o cliente comitê interno de implementação, onde nós da C2 Projetos e Soluções seremos o PMO (escritório de projeto), dentro da organização, com metas e prazos estabelecidos definidos para o sucesso do projeto.

Não há uma receita única ou pronta para se preparar para o “novo normal”, somente com um planejamento logístico estruturado e integrado é o que fará com que as organizações estejam mais bem preparadas para atender todas as exigências impostas pelo mercado. Mas o que sabemos e as tendências já apontam para um cenário sem volta, em especial, no que se refere ao uso de tecnologias de ponta, à integração e às assessorias especializadas. Hoje, como nunca, a logística precisa ser estratégica, ágil, planejada e baseada em ferramentas inteligentes.

Contem com a C2 Projetos e Soluções para auxiliá-los nesta jornada competitiva.