Encontrando Valor na Crise
A pouco tempo atrás estávamos vivendo uma fase de otimismo em nosso país e de expansão econômica.
Isto fez com que o empresariado brasileiro buscasse investimentos em ativos para ampliação das suas capacidades ou ainda uma gestão mais eficiente que tornasse a sua operação mais produtiva. Mas, infelizmente todos os indicadores dos últimos meses mostram que nossa economia está quase parada e o que se percebe é um quadro não muito animador para o futuro.
Esta situação fica ainda mais agravada pela crise política gerada principalmente pelos escândalos de corrupção que fez com que o governo perdesse sua credibilidade, gerando desconfiança nos diversos setores, dificultando o crédito e por consequência retraindo a produção, renda e empregos.
Temos agora um cenário de pessimismo e a busca por reduções de custos em todos os elos da cadeia produtiva. Há de se ter muito cuidado para não cortar aquilo que gera valor para a sua empresa. Se feito sem esse critério, “o remédio vira veneno” e a empresa pode não sobreviver até o final deste período de crise. Deve-se “cortar as gorduras e não os músculos ou a cabeça”.
Sendo assim, o lema a ser adotado é eliminar todo o desperdício que não gera valor para você ou para os seus clientes. Sabendo-se que valor é visto como tudo aquilo que gera resultado e também é tudo aquilo que se faz e o cliente percebe e está disposto a pagar, todo resto não vale o seu esforço.
Eliminar desperdícios, reduzir perdas ou ainda fazer mais com menos significa adotar a gestão da manufatura enxuta que é baseada no Sistema Toyota de Produção criado no Japão no período do pós-guerra. É portanto, um sistema de gestão que mais do que atravessar crises, gera resultado e ainda tem a capacidade de tornar melhores os processos produtivos geradores de valor. Com o emprego dessa gestão a empresa melhora continuamente em um ciclo virtuoso onde se agrega mais valor aos seus produtos ou serviços do que já agregava anteriormente. Fazer somente aquilo que é valorizado pelo cliente significa aliar-se a ele, tornando-se mais forte e crescendo inclusive na crise de forma sustentável.